segunda-feira, 26 de novembro de 2012

10 DICAS PARA ESTUDANTES


Próximo do final de ano,vai aí algumas dicas para o estudante.Elas podem ser utilizadas em todas as ocasiões. 
Estudar, aprender algo novo, pode ser muito mais complexo do que aparenta. Os mecanismos de aprendizado de um adulto são muito complexos e envoltos por toda a camada de suas experiências pessoais que podem gerar diferentes dificuldades para o aprendizado.
Escrevi então algumas dicas, baseadas em minha experiência, para todos que deseja enfrentar uma sala de aula :
1) Pergunte
Não guarde dúvidas, pergunte, o instrutor está ai para isso. Se você não entendeu algo, o instrutor é que não conseguiu explicar de forma totalmente clara, a pergunta é fundamental para que o instrutor possa completar a explicação.
Especialmente em treinamentos curtos, cada tópico é pré-requisito para os seguintes, então uma dúvida em um tópico pode fazer com que você não consiga entender nenhum dos tópicos seguintes até um ponto em que o instrutor não conseguirá mais ajuda-lo. Por isso a pergunta é fundamental no momento certo, no momento em que a explicação foi feita e não compreendida.
2) “Não entendi nada” não é pergunta
Quando um aluno diz “Não entendi nada” o máximo que um instrutor poderia fazer seria repetir toda a explicação, mas o fato é que em 99.9% das vezes o “Não entendi nada” não é verdadeiro.
Você, aluno, pode ter se perdido em algum momento da explicação, em alguma parte da explicação e até ter a frustrante sensação de não ter entendido nada. É fundamental para o instrutor, porém, saber exatamente em que ponto da explicação você se perdeu, onde foi que você começou a não entender o que era dito, para que então sim o instrutor possa reformular aquilo que foi inicialmente explicado e não repetir a explicação inteira – o que a principio seria inútil, já que se não entendeu da primeira vez, ouvir novamente a mesma coisa não ajuda.
3) A explicação é o clímax do seu filme preferido
j0430490  … e não a hora do intervalo em que você pode ir ao banheiro, comer pipoca ou conversar no MSN.
Não crie a ilusão de que uma explicação perdida possa ser compensada com exercícios – pratica e teoria funcionam casadas, não separadamente.
Acrescente a isso o fato de que após o treinamento você frequentemente ganha a sensação de “já sei isso”, então uma explicação perdida irá gerar uma deficiência técnica que poderá persegui-lo durante anos
4) Pergunte “Para que ?”
Nunca se deixe ficar com a sensação de que algo não tem propósito. Toda explicação passada em sala de aula – especialmente em treinamentos curtos – tem um objetivo de ser. Se você tem dúvidas sobre o objetivo, isso prejudica muito o seu aprendizado, o melhor a fazer é imediatamente perguntar ao instrutor “Para que eu preciso saber isso ?”
Caso o instrutor tenha dificuldade de responder, comece a pensar em trocar o instrutor.
5) Seu objetivo é aprender
Um dos piores alunos que normalmente aparecem em sala de aula são os alunos que estão no treinamento para conseguir fazer “xpto”. Quando isso acontece, o aluno não consegue se focar em nada que não esteja diretamente ligado a “xpto” (e a avaliação do aluno sobre “diretamente ligado” normalmente está errada) e o aprendizado acaba sendo totalmente falho, o aluno não conseguirá nem mesmo fazer “xpto”.
Imagine um analfabeto que deseja ler uma página em um jornal. A situação de um aluno entrar em uma sala de aula para apenas querer fazer “xpto” é igual a um analfabeto recusar-se, durante o processo de alfabetização, a aprender qualquer palavra que não esteja na folha de jornal que ele deseja ler – ambas as situações são equivalentes em termos de absurdo e impossibilidade.
Quando um analfabeto aprende a ler, mesmo que o objetivo inicial fosse um jornal, as possibilidades que se abrem são inúmeras. O mesmo acontece com um aluno em um treinamento.
Perguntas sobre tópicos que ainda serão mostrados, falta de atenção aos tópicos mostrados e perguntas complexas fora do escopo do treinamento são apenas alguns sintomas deste problema.
Se não consegue se focar em aprender, ao invés de apenas em fazer “xpto”, o melhor é contratar alguém para fazer “xpto” para você, vai sair mais barato.
6) Não peça definições, crie definições
j0438487  É extremamente brochante para o instrutor quando, após passar inúmeros minutos explicando “xyz”, um aluno pergunta : “Mas o que é mesmo xyz, para que eu possa anotar aqui ? “
Após uma explicação, o próprio aluno precisa ser capaz de criar a definição sobre aquilo que foi explicado, no exemplo, “xyz”. O fato da definição ser precisamente igual a um “padrão” não importa, afinal, “toda unanimidade é burra”. Se você, aluno, não conseguir escrever sua própria definição do que foi explicado, então deixou de entender algo e é fundamental que faça as perguntas ao instrutor.
Mesmo que o instrutor lhe dê uma definição, de nada adiantará, pois serão palavras vazias que você tentará decorar, porém em nada isso vai ajudar você a realizar seu trabalho no dia-a-dia.
Crie suas próprias definições e consulte o instrutor se a definição está correta. É extremamente gratificante para um instrutor ver um aluno criando sua própria definição daquilo que foi explicado, independentemente de sair certo ou não.
Não se preocupe se o instrutor complementar ou corrigir sua definição explicando-lhe melhor o significado de alguma palavra ou termo, isso apenas ajuda a ter um melhor aprendizado. Porém, se o instrutor insistir em que sua definição seja absolutamente igual a dele sem explicar porquê, comece a pensar em trocar de instrutor.
7) Memorização não é aprendizado
Muitos estudantes acreditam que só conseguem aprender algo quando escrevem repetidamente aquilo que viram.
Isso é um grande engano. A escrita gera um processo de repetição que gera memorização, não aprendizado. É equivalente ao processo de memorização de uma frase ou uma letra de música, por exemplo, mas de forma alguma significa aprendizado.
Um exemplo : Provavelmente você lembra dos primeiros versos do hino nacional, porque memorizou. Porém, se eu perguntar para você “Quem ouviu ?” será que você vai acertar a resposta ? Quantos segundos levará para responder ?
Esse exemplo do hino nacional demonstra claramente a diferença entre memorização e aprendizado, sendo que este é um exemplo “inocente”. Os treinamentos técnicos de hoje precisam preparar você, aluno, para utilizar o conhecimento transmitido em sala de aula de inúmeras formas possíveis, a simples memorização não levará a lugar algum.
Portanto preocupe-se preimeiro com a compreensão do que está sendo explicado. A compreensão já é, por si só, um grande processo de memorização. Apenas depois de compreendido o assunto preocupe-se em memorizar, mas faça isso de forma secundária, até mesmo fora de sala de aula.
8) Copiar não é aprender
O fato de você conseguir seguir um “passo-a-passo” e fazer com que seu exercício prático funcione não significa que você tenha aprendido aquilo que está sendo demonstrado. Seguir um “passo-a-passo” é como uma cópia, um procedimento mecânico, o “passo-a-passo” não estará disponível quando precisar realizar as tarefas no ambiente de trabalho.
Quando estiver realizando um exercicio, cabe a você ter a certeza de que entendeu cada detalhe que está sendo realizado no exercício ou perguntar ao instrutor tudo aquilo que não houver entendido com perfeição. Só assim poderá ter o melhor aprendizado possível.
9) Extrapole o que é mostrado
Two young girls working on a laptop in the classroom  Não se deixe ficar preso aos exemplos práticos que são mostrados. Especialmente em treinamentos técnicos o objetivo principal é que você compreenda os conceitos e possa aplicar esses conceitos em inúmeras situações diferentes que surgirão durante seu dia-a-dia.
Se um exercício mostra como fazer “x”, não significa que o objetivo do exercício seja que você faça “x” no seu dia-a-dia, mas sim que você compreenda os conceitos que levam ao “x” para que utilizando os mesmos conceitos possa chegar a “y” e “z”.
É muito importante que tenha isso em mente durante os exercícios, ao avaliar se realmente teve a compreensão necessária dos exercícios mostrados, conforme citado no item 8.
10) O treinamento não acaba na sala de aula
Especialmente nos treinamentos atuais, com carga horária restrita e sobre tecnologias muito amplas, o treinamento não pode acabar em sala de aula.
É muito importante que após cada aula do treinamento você pesquise mais em casa sobre os assuntos que foram vistos. A cada assunto mostrado durante um dia de treinamento, você poderá encontrar inúmeros truques e diferentes formas de implementação, complementando em muito o seu aprendizado.
É uma grande satisfação para o instrutor descobrir na aula seguinte, ao conversar com os alunos, que estes aprenderam bem mais do que foi ensinado e trouxeram a ele dúvidas adicionais sobre os tópicos mostrados.

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